Militares venezuelanos destruíram ‘narcojet’ brasileiro depois de estar em terra

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Não se conhece ainda uma versão oficial por parte das autoridades de Brasília acerca do incidente com um avião executivo Learjet 25 com registo brasileiro (PT-OHD) que foi interceptado pela Força Aérea da Venezuela quando sobrevoava território deste país e ao qual foi depois lançado fogo.

O caso terá ocorrido na passada quinta-feira, dia 11 de Abril, e segundo as primeiras notícias publicadas ou difundidas pelos meios de ambos os países, a aeronave voava sem plano de voo e com o ‘transponder’ desligado, o que levou as autoridades militares venezuelanas a dar ordem de abate, por supostamente estar envolvido em actividades ilícitas, possivelmente transporte de droga. Aliás, não é a primeira vez que isso acontece e o tráfego aéreo na zona está avisado de que quem sobrevoar território da Venezuela em tais circunstâncias sujeita-se a, pura e simplesmente, ser abatido.

Segundo as autoridades brasileiras, nomeadamente a Força Aérea Brasileira (FAB), entidade que tem a seu cargo o controlo aéreo no País, o avião terá descolado de Breves, um aeródromo que serve o município do mesmo nome no Estado do Pará. Alguns meios brasileiros chegaram a noticiar que alguns ‘spotters’ teriam filmado com telefones móveis (celulares) a descolagem do avião executivo nesse dia. Contudo nenhum publicou esse documento. O avião está registado em nome de Valdir Coronel Salinas, no Brasil, na categoria de privado de serviços aéreos, confirmou a FAB.

A Rádio CBN, da Foz do Iguaçu, noticiou que o avião foi destruído em terra, depois de ter aterrado, ou se imobilizado no solo, por militares venezuelanos, e que os dois pilotos teriam conseguido escapar-se.

O único relato mais fiável parece ser o do portal noticioso ‘Correo del Orinoco’, que é financiado e gerido pelo Governo da República Bolivariana, que abordou o acontecimento no passado dia 10 de Abril, a jeito de comunicado oficial, referindo como fonte a conta de twitter do general Vladimir Padrino Lopéz, responsável pelo Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana. Dizia a mensagem que  os militares tinham destruído, no Estado Apure, um avião brasileiro a que chamava de ‘narcojet’, que descolara do Estado do Pará sem plano de voo e que tinha os sistemas de identificação desligados. Acompanhava a notícia uma imagem dos destroços carbonizados da aeronave, que aqui reproduzimos.

O Estado de Apure é terreno muito utilizado nas manobras ilegais de aeronaves que são utilizadas no tráfico de droga, proveniente de países fronteiriços. No passado mês de Agosto, brigadas da Engenharia Militar da Venezuela destruíram 28 pistas de aterragem clandestinas em Apure, que eram utilizadas pelos ‘senhores’ e pelos aviões da cocaína. Nos últimos anos aviões ligeiros e executivos, com registo colombiano e mexicano, foram abatidos pelos militares venezuelanos, e daí resultaram algumas mortes.

No final de semana, meios brasileiros integrados na cadeia Globo referiram que algumas notícias sobre o incidente, publicadas em meios electrónicos, mostravam imagens de um avião de hélices carbonizado, o que parece não corresponder ao avião entretanto desaparecido, embora fora do controlo das autoridades aeronáuticas do Brasil. Foi relançada a confusão e a questão tornou-se ainda mais nebulosa.

Círculos militares em Caracas apenas confirmam o incidente e a posterior destruição do avião. À pergunta acerca do paradeiro dos tripulantes nada respondem.

 

  • Imagem transmitida pela conta de twitter do general Vladimir Padrino Lopéz, veiculado pelo ‘Correo del Orinoco’, jornal oficialista do Governo Bolivariano de Venezuela

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