O primeiro-ministro de Moçambique, Adriano Maleiane, reafirmou, esta quinta-feira, dia 3 de novembro, no parlamento, em Maputo, o compromisso do Governo para encontrar melhores estratégias que devolvam a sustentabilidade da companhia aérea de bandeira, a LAM – Linhas Aéreas de Moçambique.
“A aposta do Governo e continuar no processo de recuperação no sector empresarial do Estado com maior incidência para os aspectos financeiros, operacionais, e modelo de avaliação baseado no valor económico acrescentado, nos gestores de empresas públicas e maioritariamente participadas”, disse o governante, citado por um canal televisivo nacional.
Num passado recente, diversos analistas já previam uma possível privatização da LAM e da Tmcel (Telecomunicações de Moçambique) para resgatá-las do imbróglio financeiro, e disseram que isso espelharia a gestão danosa das direcções.
O Centro de Integridade Pública (CIP) descreve as duas empresas como tecnicamente insolventes, representando um elevado risco para as contas públicas por estarem a sobreviver de injeções de capital e de garantias do Estado.
Em agosto passado, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, admitiu que a LAM e a Tmcel precisam de uma reestruturação para entrarem na via da sustentabilidade (LINK notícia relacionada).
“Temos estado a discutir o caso da reestruturação da LAM e da Tmcel”, enfatizou na altura.
As mudanças nas duas empresas, acrescentou, são parte de uma reestruturação do sector empresarial do Estado (SEE), visando o saneamento financeiro das que enfrentam dificuldades. Uma decisão sobre o futuro da duas empresas pode surgir em dezembro próximo, segundo ma fonte próxima ao processo.
Relativamente a LAM “os resultados operacionais positivos registados em 2021 encoraja-nos a prosseguir com o processo de restruturação operacional”.