As obras de construção do Novo Aeroporto Internacional de Luanda vão ser retomadas ainda este ano, com previsão de conclusão em 2023, anunciou nesta quarta-feira, dia 14 de agosto, o ministro dos Transportes, Ricardo Viegas de Abreu.
As obras estão paradas desde 2017, na sequência da rescisão do contrato com a empresa ‘China International Fund’ (CIF), que reúne um grupo de investidores de Hong Kong, tendo o ministro afirmado no final de uma visita efectuada por deputados de uma comissão da Assembleia Nacional que o reinício dos trabalhos está pendente de negociações com o novo empreiteiro.
O governante angolano adiantou que as negociações com o novo empreiteiro-geral da obra, o grupo ‘Aviation Industry Corporation of China’, deverão ficar concluídas dentro de 15 a 30 dias, após o que será assinada uma adenda ao contrato inicial e definido um novo cronograma.
O ministro, citado pela agência noticiosa ‘Angop’, disse que durante a paralisação das obras foram feitas correções e alterações em deficiências de engenharia e operacionais, essencialmente no terminal e nas pistas e adiantou estar disponível uma linha de crédito da China no montante de 1,4 mil milhões de dólares norte-americanos.
Ricardo Viegas de Abreu reconheceu ter havido “algumas falhas” no contrato assinado com a CIF, empresa a que já foram pagos 1,2 mil milhões de dólares, faltando liquidar uma dívida de 200 milhões de dólares aos sub-empreiteiros.
Obras do novo Aeroporto começaram há 12 anos
O Novo Aeroporto Internacional de Luanda está a ser edificado desde 2007 numa área de 43 hectares, como parte da cidade aeroportuária da capital do país, denominada “Aerotropolis de Luanda”, na comuna do Bom Jesus.
O projeto contempla, entre outros empreendimentos e serviços, terminais, hangares de manutenção de aeronaves, áreas de movimento e de controlo de tráfego, instalações de apoio, hotéis, restaurantes, complexo presidencial, protocolo do Estado, terminais e duas pistas duplas.
A pista principal está situada a norte, com 3.800 metros de comprimento e 60 de largura, com capacidade para receber aviões do tipo Boeing 747, enquanto a outra, a sul, com quatro mil metros de comprimento e 75 de largura, poderá receber o Airbus 380, maior avião de passageiros do mundo.