O piloto do caça ‘Mirage’ que foi capturado na Líbia depois do abate do avião, em maio, afinal não é português como afirmou e foi noticiado (LINK notícia relacionada), mas um veterano da Força Aérea dos Estados Unidos, revelou nesta semana o jornal ‘Washington Post’.
Identificou-se como Jimmy Reis, disse ter 29 anos e estar na Líbia, por contrato, para “destruir pontes e estradas”. Mas, na altura da detenção, no dia 7 de maio, fonte oficial do Ministério da Defesa em Portugal disse que “não se trata de qualquer militar que esteja integrado numa operação da Força Aérea naquela zona”.
O aparelho em que seguia foi abatido nos arredores de Tripoli pelo Exército Nacional Líbio (ENL), força militar que combate o Governo de Acordo Nacional, que é reconhecido pelas instituições internacionais, incluindo as Nações Unidas. As forças rebeldes acusaram o piloto de ser um mercenário ao serviço do Governo de Acordo Nacional.
Esta terça-feira, o jornal norte-americano ‘Washington Post’ revelou que se trata, afinal, de Jamie Sponaugle, um veterano da Força Aérea dos Estados Unidos, de 31 anos de idade e residente na Flórida.
O ex-militar foi libertado após ter estado seis semanas detido na Líbia, acrescenta a notícia do jornal.
“Ficamos sempre satisfeitos por ver cidadãos americanos detidos no estrangeiro regressarem a casa para os seus amigos e família”, disse o embaixador Robert O´Brien, enviado da administração Trump para questões relacionadas com reféns, por telefone. “Saudamos a decisão de o terem libertado. Agradecemos igualmente ao reino da Arábia Saudita pela sua intervenção na resolução deste caso”, acrescentou.
Jamie Sponaugle voou para a Arábia Saudita esta terça-feira, acrescenta o ‘Washington Post’.