Plenário do SEF provoca situações de caos nas chegadas no Aeroporto de Lisboa

Os passageiros de voos internacionais de fora da Europa que chegaram na manhã deste domingo, dia 29 de maio, ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, esperaram entre quatro a cinco horas no controlo dos passaportes, na sequência de um plenário de trabalhadores do SEF.

Em resposta à agência portuguesa de notícias ‘Lusa’, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) disse ser “alheio a esta iniciativa” e admitiu que “a reunião de trabalhadores terá afetado mais de 4.500 passageiros”, segundo estimativas da ANA Aeroportos.

No aeroporto de Lisboa, a ‘Lusa’ falou com alguns dos passageiros afetados, que confirmaram ter esperado mais de quatro horas em “filas completamente desorganizadas”.

George Hough chegou às 09h30 de um voo com origem no Canadá e só chegou à zona exterior do aeroporto às 13h40.

“É a segunda vez que venho a Portugal, mas, se soubesse que isto ia acontecer, não tinha vindo”, disse aos jornalistas.

Vítor Hugo Sousa, passageiro vindo do Brasil, contou, por seu turno, que “não havia qualquer organização nas filas” e que não havia ninguém a dar informação sobre o que se passava.

“Quando chegámos, vimos uma multidão e só havia dois agentes [do SEF] para controlar os passaportes dos voos de fora da Europa”, disse Vítor Hugo Sousa.

Também Iara Campos, cidadã brasileira, contou à ‘Lusa’ que chegou num voo às 09h40, “com o marido diabético”, e tiveram de aguardar “mais de quatro horas na fila”.

Segundo esta passageira, “houve pessoas que desmaiaram na fila enquanto aguardavam pelo controlo do passaporte”.

Iara Campos acrescentou que, à chegada ao aeroporto, ainda dentro do avião, foram informados pela TAP [companhia na qual viajavam] de que havia “uma greve” e, que depois de duas horas na fila, receberam a indicação de que havia um problema com “os funcionários das migrações”.

Estes passageiros queixaram-se de falta de informação, de apoio e de desorganização nas filas.

Numa nota enviada à agência ‘Lusa’, o SEF informa que houve um plenário de trabalhadores convocado por uma estrutura sindical entre as 06h00 e as 09h00, “que provocou constrangimentos na área das chegadas do aeroporto de Lisboa”.

O SEF adianta que naquele período assegurou os serviços mínimos e que avisou atempadamente a ANA para a possibilidade de constrangimentos.

 

Nota do editor: São cada vez mais frequentes estes constrangimentos no Aeroporto de Lisboa, o que mostra a falta de coordenação entre dois serviços fundamentais: o SEF e a ANA Aeroportos. Pelo que se conclui do texto da Lusa o concessionário do aeroporto estava avisado dos eventuais constrangimentos que poderiam acontecer. Pouco fez para melhorar o conforto dos passageiros internacionais que desembarcaram na manhã deste domingo na capital portuguesa.

As recorrentes reclamações dos utentes exigem um maior cuidado do concessionário e maior responsabilização dos funcionários do SEF.

 

1 Comments

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    faz-se apenas duas perguntas: se um passageiro tiver um caso de saúde fatal associado a uma espera de varias horas manda-se prender quem? o diretor do SEF, o diretor do Aeroporto ou o presidente do Sindicato? E se centenas de pessoas sujeitas a uma espera de 4 h apos voos de 10 h se revoltarem e começarem a partir o Aeroporto, manda-se a policia de choque não é?
    a ideia vigente em Portugal que os assuntos políticos e sindicais se sobrepõem a todo o resto do Universo é extremamente perigosa mas não se vê vontade de mudar

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