Proteção Civil desmente queda de avião de combate a incêndios no Centro de Portugal

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O Comandante Operacional da Proteção Civil de Portugal, Vaz Pinto, negou no final da tarde desta terça-feira, dia 20 de junho, que tivesse caído alguma aeronave nas operações de combate aos incêndios no centro do País, que estivesse ao serviço da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

«Não tenho conhecimento de nenhuma aeronave ao serviço da proteção civil que tenha caído» disse Vítor Vaz Pinto no ‘briefing’ aos jornalistas em Avelar, Ansião.

Aludindo à possibilidade de ter ocorrido outro evento que induzisse em erro, falou na hipótese da explosão de uma ‘roullote’ e admitiu o envio de equipas de buscas para o local.

“Havia uma ‘roullote’ abandonada com botijas de gás, e eventualmente isso pode ter explodido», disse.

Uma fonte da Autoridade Nacional de Proteção Civil tinha informado a agência de notícias ‘Lusa’ que um avião Bombardier Canadair CL-415 de combate aos incêndios, que operava no fogo de Pedrógão Grande, tinha caído durante a tarde. A notícia foi depois confirmada por bombeiros que operavam na zona, que diziam ter ouvido um grande estrondo e bola de fogo, e concluíram tratar-se de um avião. Alguns meios, em Portugale Espanha, chegaram a apontar que teria sido um Canadair. Em Espanha diziam se tratar de um aparelho ao serviço de Portugal, e no teatro das operações dizia-se estar ao serviço do ‘Ejército del Aire’ (Força Aérea Espanhola). Mais tarde a empresa de leasing ‘Backcock International’ que aluga os aviões Bombardier Canadair CL-415 a Portugal e Espanha, desmentiu ter qualquer avião envolvido num acidente em Pedrógão Grande.

A especulação ganhou foros de notícia de última hora (o Newsavia também publicou) agravando o pesar pela tragédia que já provocou 64 mortos e cerca de 150 feridos em Portugal.

Felizmente não está confirmada. Mas há opiniões diferentes. Há quem diga que a situação de emergência e nervosismo que se vive no posto de controlo das operações de combate aos incêndios florestais, pode ter contribuído para que toda a verdade não seja ainda conhecida.

Aguarda-se uma clarificação da situação, que deverá ser fornecida pelas entidades governamentais portuguesas ao princípio da noite desta terça-feira.

O fogo que desde sábado passado, dia 17 de junho, consome uma vasta área florestal em Portugal começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, no centro do País.

Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.

No teatro das operações, no concelho de Pedrógão Grande, trabalhavam durante a tarde 1.215 operacionais apoiados por 408 viaturas e 16 meios aéreos.

Aviões Bombardier Canadair CL415 de Espanha (4), França (3), Itália (2) e Marrocos (1) juntaram-se aos meios que estão ao serviço do sistema da Proteção Civil de Portugal.

 

  • Notícia em desenvolvimento – 18h45 UTC


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