A redução de quatro aviões na frota do Grupo SATA, com sede nos Açores, levará a uma diminuição de pessoal, como o ‘Newsavia’ noticiou nesta semana (LINK notícia anterior). O presidente do Conselho de Administração do grupo esclareceu nesta sexta-feira, dia 9 de Janeiro, que essa redução será feita através de reformas e não renovação de contratos a prazo.
Luís Parreirão falava na comissão parlamentar de Economia da Assembleia Legislativa dos Açores, durante a apresentação aos deputados açorianos do “plano de desenvolvimento estratégico da SATA” até 2020, o qual prevê redução de aviões, a renegociação de uma dívida de 179 milhões de euros e cortes nos “custos fixos e de estrutura”.
O Plano foi apresentado oficialmente pelo Secretário Regional do Turismo e Transportes, Vítor Fraga, que tinha à sua direita o presidente do Conselho de Administração do Grupo SATA, Luís Parreirão.
Já a partir deste ano, a frota de longo e médio curso da SATA passará a ter menos aeronaves o que, segundo o documento agora apresentado, terá um “consequente reflexo no número de tripulações”, sem quantificar, refere hoje a agência noticiosa Lusa em despacho da sua delegação nos Açores. Contudo, o documento mostra o número de tripulantes que são excedentários, comparando com os activos existentes no final de 2014, tendo em conta ainda o número de aeronaves diferentes do que aquelas que prevê no futuro. Além dos excedentários na SATA Internacional, e no que se refere à SATA Air Açores, responsável pelos voos inter-ilhas, uma das medidas apontadas no plano é a redução de comissários de bordo nas operações dos aviões regionais Bombardier Q400 e Q200, que passarão a voar com o mínimo exigido. Refere o documento apresentado pela SATA: “Ajustamento das necessidades de pessoal navegante (PNT e PNC) aos mínimos exigidos para operar (1 PNC por cada operação Q200 e 2 PNC por cada operação Q400)”.
Luís Parreirão disse aos deputados que essa “redução de pessoal [de voo] será assegurada pela não renovação de contratos a termo”, acionando “mecanismos de antecipação de reformas” ou ainda através da “passagem natural à reforma” de atuais colaboradores.
O Conselho de Administração da SATA vai reunir-se na próxima semana com os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa para lhes apresentar o plano estratégico “e discutir de forma construtiva as soluções a implementar dentro dos objetivos definidos” pelo documento, afirmou Parreirão.
“O essencial é conseguirmos alcançar os objetivos em diálogo com os trabalhadores e em concertação com eles”, vincou.
Quanto ao pessoal de terra, não está para já previsto “qualquer ajustamento relevante”, uma vez que a SATA vai criar uma nova empresa dentro do grupo para desenvolver o “negócio do ‘handling'” nos aeroportos dos Açores, pretendendo aproveitar a entrada de novas companhias no mercado da região, na sequência da liberalização de algumas rotas que ligam as ilhas ao continente.
A SATA assume que será o único prestador de serviços de ‘handling’ nos Açores, mas se entrarem novos operadores na região ou se as chamadas ‘low cost’ assegurarem “autoassistência”, será necessário “fazer ajustamento no pessoal” de terra, afirmou Luís Parreirão.
Segundo afirmou o responsável, é no ‘handling’ que trabalha 30% do “efetivo médio” da SATA, que em 2014 ascendeu a 1386 colaboradores.
SATA reajusta quadro de pessoal e inicia renegociação dos contratos de trabalho
No documento hoje apresentado aos deputados regionais, a empresa refere que acionará este ano a “renegociação e/ou suspensão do Acordo de Empresa”, não havendo mais explicações.
Quanto à redução de “custos fixos e de estrutura”, que não incluem os gastos com pessoal, o objetivo é diminui-los em 12,5%, afirmou o administrador da SATA, revelando que em 2014 estes gastos ascenderam a 13 milhões de euros.
Para alcançar este objetivo, o Grupo SATA vai, “no imediato”, criar uma “‘task force’ interna” para desenvolver um “programa de reestruturação” que leve ao corte pretendido.
Depois da apresentação aos deputados, Luís Parreirão deu uma conferência de imprensa em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, em que afirmou que “seria precipitado” quantificar neste momento a redução que irá ter lugar na SATA em termos de recursos humanos.
O presidente da transportadora aérea açoriana precisou, no entanto, que “naturalmente, se o número de aeronaves vai ser alterado, não vão ser precisas as mesmas pessoas para as operar”.
Luís Parreirão acrescentou ainda que a renegociação do contrato colectivo da empresa com os sindicados, a partir de segunda-feira, dia 12 de Janeiro, em Ponta Delgada, visa dar maior “flexibilização” ao grupo SATA.
NÃO FOI COINCIDÊNCIA
Não pode de forma alguma ser coincidência o fato de esta página ter iniciado a sua luta de palavras com a gerência da Sata em Setembro de 2014 seguindo-se uma Petição que neste momento deve estar de férias numa gavêta de algum secretário da Comissão Parlamentar Permanente de Economia que aprovou e aceitou a Petição aguardando agora tempo oportuno para a Sata, e Clientes Insatisfeitos da Sata se reunirem como foi por nós requerido para então um relatório ser apresentado ao Governo Regional dos Açores que neste momento deve estar também de férias em algum país tropical porque o silêncio deles é bastante revelador.
Com a entrevista concedida à estação de rádio WHTB, “Voz do Emigrante” localizada em Fall River, Massachusetts e com a Petição publicada no semanário Portuguese Times de New Bedford também em Massachusetts ambos criaram certa curiosidade nos diários de S. Miguel com artigos intitulados “Artimanha da Sata são insulto à intelegência” Emigrantes exigem renovação da Frota da Sata” e “Emigrantes insatisfeitos com a comissão de Economia” contando ainda com a opinião de cronistas: Rui Tavares de Faria “Um semi-acrónimo para vergonha…” Jorge Macêdo, A (desastrada) gestão política da Sata”, Joaquim Machado “Tudo era evitável” incluindo uma carta aberta à Sata publicada no Portuguese-American-Journal deu os resultados que todos esperavamos.
De salientar ainda outras cartas escritas a outras entidades portuguêsase não só, tais como: Consul de Portugal em New Bedford, Vice-Consul de Portugal em Providence, Rhode Island, Ana Luis, Presidente da Assembleia Regional dos Açores, Berta Cabral ex-presidente da Cãmara Municipal de Ponta Delgada, Deputado de Massachusetts António Cabral, Senador de Massachusetts Michael Rodrigues, Associação de Emigrantes Açorianos, Dr. Mota Amaral, Lidia Bulcão, e J. Ponte todos pessoas com influência na vida política dos Açores.
Dito isto, repito que não é coincidência na resolução tomada pela gerência da Sata para principiarem a renovar a sua frota e assim trocar os velhos A-310 pelos um pouco mais novos A-330 e ainda terem de agenda um plano estratégico para os anos 2015/2020.
Os “Clientes insatisfeitos da Sata’ tiveram uma influência tremenda nesta resolução porque tudo principiou com a nossa denúncia ao público sobre a situação catastrófica da Sata tanto no equipamento como na parte económica e ainda sobre a segurança ou direi melhor a insegurança que aqueles velhos aparelhos representavam para os clients da Sata.
Podemos cantar vitória? Certamente que não, mas podemos dizer com orgulho que se há modificações na sata nós “Clientes insatisfeitos da Sata” e os mais de 640 apoiantes desta página temos muito a ver com isto.
Apenas uma palavra de precaução: A luta apenas principiou e estamos ainda muito longe de atingir os nosso objetivos que são: Baixos preços, nova frota, e melhores serviços.
Senhores administradores da Sata nós não vamos abandoner a luta assim com tanta facilidade, somos teimosos, somos persistentes e acima de tudo somos coragosos. Queremos uma sata como a sonhamos ao serviço dos residents dos Açores e ao serviço da diápora.
2015, Ano Novo – 2015, Nova Sata.