Relatório Internacional destaca mudanças no transporte aéreo em Angola

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Um conjunto de medidas tendentes a fomentar o turismo de negócios está a ser introduzido em Angola, facilitando o acesso ao país e aos transportes domésticos, ao abrigo dos esforços que estão a ser desenvolvidos pelo governo para estimular a economia, de acordo com o mais recente relatório da ‘Economist Intelligence Unit’ (EIU).

A EIU destaca nesse documento o projeto de criação de uma nova companhia aérea para os voos domésticos, ‘Angola Expresso’, ao abrigo de uma parceria público-privada entre a companhia aérea estatal TAAG e uma empresa privadas e ou empresas de aviação civil a determinar.

“Novos serviços e custos mais baixos podem impulsionar o turismo doméstico e as viagens de negócios, algo que deve ter um impacto positivo num crescimento económico mais forte”, refere a EIU, que acrescenta que a dimensão deste estímulo não deverá ser suficiente para garantir uma “mudança substancial” nas suas previsões de crescimento.

O ministro dos transportes, Augusto da Silva Tomás, vai dirigir a comissão responsável pela criação da empresa, que será gerida por interesses privados, a partir de 2019.

A TAAG tem registado dificuldades operacionais devido a constrangimentos económicos e financeiros com que o país se debate desde 2014, que foram exacerbadas pela desvalorização da moeda em 2018.

Face a fortes críticas de consumidores em relação aos elevados preços dos voos domésticos, a companhia anunciou no início de Fevereiro que iria reduzir as tarifas domésticas entre 10% a 20% e adoptaria um modelo variável de estabelecimento de preços.

Também as companhias aéreas estrangeiras têm vindo a sentir dificuldades, devido à retenção por Angola de receitas avaliadas pela associação internacional do sector (IATA) em 500 milhões de dólares, incluindo a TAP – Air Portugal, South African Airways e Emirates.

O boletim informativo ‘Africa Monitor Intelligence’ escreveu recentemente que um consórcio entre algumas das empresas de aviação privadas angolanas é avaliado por fontes do sector como o mais provável movimento que culminará na criação da ‘Angola Expresso’.

Entre as empresas em melhor posição para integrar o referido consórcio são referenciadas a Airjet, Aerojet – Transporte Aéreo, Heliang – Transporte Aéreo e Air Guicango, que dispõem de aparelhos Embraer 135, Beechcraft B200, Citation e Embraer 120.

Enquanto trabalha numa solução para os voos domésticos, o Governo angolano tem vindo a avançar com a introdução de facilidades na concessão de vistos e, desde o final da semana passada, cidadãos de 61 países, incluindo União Europeia, que pretendam viajar para Angola, podem pedir visto de turismo à chegada a Luanda, devendo apresentar apenas comprovativos de alojamento e meios de subsistência.

 

  • Notícia publicada pelo ‘Macauhub’, portal de informação económica da China e dos países de língua portuguesa.

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