O grupo europeu de companhias aéreas de baixo custo Ryanair anunciou nesta quinta-feira, dia 5 de agosto, o lançamento de mais 22 rotas à partida do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, onde baseará mais três aeronaves. Uma expansão que proporcionará cinco milhões de passageiros por ano em Lisboa e apoiará mais de 4.000 empregos diretos e indiretos na região, segundo a empresa
Trata-se de um investimento de 300 milhões de dólares no aeroporto da capital portuguesa, onde a Ryanair passará a contar com sete aviões baseados, já a partir de outubro deste ano, início da temporada de Inverno (2021-2022) IATA, diz um comunicado distribuído pela Ryanair Holdings.
Desta forma, a Ryanair operará um total de 50 rotas e mais de 250 voos semanais desde Lisboa, incluindo 22 novas rotas para destinos em Itália, Marrocos, França, Espanha, Polónia, Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, entre outros. Adicionalmente, a Ryanair programará 20 voos semanais adicionais em oito rotas da sua rede, nomeadamente para o arquipélago português dos Açores, concretamente para as ilhas de São Miguel (passará a ter 15 voos semanais) e da Terceira (com 10 voos semanais).
O comunicado da Ryanair, diz que, agora, “é imperativo que o Governo português apoie este investimento, acelerando o desenvolvimento das infraestruturas aeroportuárias de Lisboa (incluindo a abertura do Aeroporto do Montijo) e assegurando que a TAP não acumula faixas horárias de aterragem e descolagem em Lisboa que simplesmente não pode utilizar, devido à redução de 20% da sua frota”.
Uma reivindicação curiosa, no que se refere às faixas horárias (vulgarmente designadas por slots), se tivermos em conta o que têm sido as decisões da Comissão Europeia, nos relatórios e exigências que acompanham as autorizações concedidas a Estados-membros no que concerne ao apoio financeiro as suas companhias aéreas nacionais.
A Ryanair afirma que este crescimento de operações em Lisboa “apoiará a recuperação da economia e da indústria turística (criando 4.000 empregos indiretos na região) e melhorará a conectividade numa altura em que a TAP está a reduzir a sua rede de rotas, frota e trabalhadores”.
“A Ryanair operará mais rotas europeias de curta distância a partir de Lisboa do que qualquer outra companhia aérea neste Inverno, sendo um dos maiores investidores estrangeiros na economia portuguesa, criando emprego local e contribuindo anualmente com mais de 138 milhões de euros em impostos governamentais e taxas”, considera o diretor comercial da Ryanair, Jason McGuiness, citado no comunicado.