‘Smiles’ socorre GOL, obrigada a cortar destinos e devolver aviões

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A GOL Linhas Aéreas Inteligentes vai receber uma injecção de capital de até mil milhões de reais (um bilhão de reais na designação dos brasileiros) da sua subsidiária ‘Smiles’, que gere o cartão de milhas e o sistema de fidelização de clientes da companhia aérea brasileira.

Esta é uma das medidas anunciadas para fazer frente ao preocupante prejuízo acumulado pela companhia aérea, e que resulta, tal como as restantes congéneres brasileiras, da situação de crise e recessão económicas que se vive presentemente no Brasil.

A GOL diz que “continuará a avaliar oportunidades em sua malha aérea e estará preparada para outras medidas de racionalização da capacidade e otimização da malha, de modo a ajustar a oferta de voos de acordo com a demanda e atual cenário do setor”.

A participação da ‘Smiles’ neste processo concretiza-se através da compra antecipada de passagens, revelaram as duas empresas em comunicado conjunto distribuído nesta sexta-feira, dia 26 de fevereiro.

A primeira parcela de 376 milhões de reais será entregue imediatamente e as restantes estão condicionadas a algumas medidas que serão adotadas pela GOL nas próximas semanas e que tem a ver com o cancelamento de voos para sete aeroportos brasileiros e com a devolução de cinco aviões Boeing 737 Nova Geração (modelos 700 e 800)

O comunicado da GOL refere que o encerramento das operações em sete cidades implicará demissões. A empresa não informou, porém, quantos funcionários serão dispensados. Até agora a companhia vinha apenas cortando oferta de voos, mas nenhuma cidade tinha desaparecido da malha companhia. A redução de frequências em 6% este ano, que já havia sido anunciada, também é condição para o recebimento das demais parcelas.

Outra condicionante para a concretização deste negócio é a revisão do cronograma de entrega de aeronaves. O plano de negócios da GOL previa a chegada de 15 aviões entre 2016 e 2017. Agora, será apenas um. A frota hoje é composta por 141 aeronaves.

Segundo o comunicado, todas essas condicionantes visam conferir mais liquidez à companhia. Caso elas não sejam cumpridas até 30 de junho de 2017, a Smiles não colocará um tostão na empresa além da referida primeira ‘tranche’.

“Os desembolsos serão realizados até o dia 30 de junho de 2017, ou então deixarão de estar disponíveis, sendo que também estarão condicionados a condições mínimas de liquidez da companhia”, refere a Smiles na nota de imprensa distribuída nesta sexta-feira.

A GOL esclareceu, entretanto, que há incerteza quanto ao cumprimento dessas condicionantes. “A companhia não pode assegurar que conseguirá tomar todas as medidas que garantam os desembolsos, pois dependem, em parte, de terceiros, e não pode tampouco assegurar a data exata da satisfação das condições para cada desembolso”, salienta a companhia aérea no comunicado.

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