A TAAG – Linhas Aéreas de Angola assinala nesta quinta-feira, dia 8 de setembro, 84 anos de existência, um marco de longevidade e história no panorama da aviação africana e mundial.
A companhia aérea de bandeira angolana incorpora o legado da DTA (Divisão de Exploração de Transportes Aéreos de Angola), criada pelos portugueses durante o período colonial
A TAAG transporta as cores de Angola e a palanca como símbolo nacional sendo que a história da TAAG se confunde com a da aviação civil em Angola.
O transporte aéreo regular em Angola teve início em 1940, com uma pequena frota composta por cinco aviões ‘Dragon Rapid’, ‘Klemen’ e ‘Leopard Moth’. O exclusivo da operação do transporte aéreo regular pertencia à DTA – Divisão de Exploração de Transportes Aéreos de Angola, criada no dia 8 de setembro de 1938. Inicialmente a DTA operou em duas linhas domésticas, Luanda-Moçâmedes e Luanda-Huambo, e uma linha internacional entre Luanda e Ponta Negra, no então Congo Brazaville.
Em 1973, no ano que antecedeu a Revolução em Lisboa que levou à queda do regime do Estado Novo, em Portugal, e que levou à independência de todas as colónias portuguesas na África, a DTA transformou-se em empresa mista e passou a designar-se TAAG – Linhas Aéreas de Angola, SARL, tendo o então Estado de Angola (designação administrativa do território) como acionista maioritário.
O período de transição para a independência nacional, entre 25 de abril de 1974 e 11 de novembro de 1975 marcou profundamente a vida da companhia aérea. Nesse período a TAAG adquiriu nos Estados Unidos os primeiros dois aviões Boeing 737-200, tendo recebido as aeronaves em março de 1976. Com o início da era a jato a TAAG realizou nesse mesmo mês e ano, o primeiro voo intercontinental entre Luanda e Moscovo (capital da então União Soviética), utilizando um dos aviões Boeing 737, com tripulação de cockpit e de cabina inteiramente angolanas. Nesse voo viajou para Moscovo a primeira delegação oficial da recém-proclamada República Popular de Angola. Em fevereiro de 1980, através do decreto-lei 15/80 foi criada a empresa estatal Linhas Aéreas de Angola, abreviadamente designada por TAAG, legítima herdeira das tradições da antiga DTA e da sociedade anónima com o mesmo nome. Ao longo dos anos a TAAG teve sempre um papel relevante no fomento da economia nacional e nos períodos mais difíceis permitiu conectar as pessoas e os diversos pontos do País, promovendo a cultura, integração e desenvolvimento.
Atualmente, a frota TAAG é composta por 21 aeronaves, nomeadamente, pelos modelos Dash 8-400 (seis aeronaves), Boeing 737-700 (sete aeronaves) Boeing 777- 200ER (três aeronaves) e Boeing 777-300ER (cinco aeronaves). A TAAG cobre 14 das 18 províncias de Angola e disponibiliza 12 destinos internacionais: Lisboa (Portugal) e Madrid (Espanha) na Europa; Cidade do Cabo e Joanesburgo (África do Sul), Kinshasa (República Democrática do Congo), Lagos (Nigéria), Maputo (Moçambique), São Tomé (República de São Tomé e Príncipe) e Windhoek (Namíbia), na África; São Paulo (Brasil), na América do Sul; e entre algumas cidades chinesas e Havana (Cuba) com voos de carga.
“A TAAG deixou de ser uma empresa pública em 2019 passando para uma sociedade anónima de capitais públicos, estando a caminhar de forma sólida para a sua auto-sustentabilidade”, refere um comunicado distribuído nesta quinta-feira, dia 8 de setembro, pela companhia aérea, em Luanda.