TACV acerta com a ILFC devolução de Boeing 737-800, reduz frota de médio curso e repensa futuro

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A TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde devolveu na sexta-feira passada um Boeing 737-800, pelo que a sua frota ficou com apenas um aparelho deste modelo.

O B737-800, que tinha o registo D4-CBY e que fora baptizado com o nome ‘Praia’, tinha sido alugado à companhia internacional de leasing de aviões ‘Internacional Lease Finance Corporation’ (ILFC) em Agosto de 2012, na sequência do processo de renovação da frota da companhia. Na empresa já estava outro que foi baptizado com o nome ‘Mindelo’, registo D4-CBX, recebido dois meses antes.

A agência noticiosa cabo-verdiana ‘Inforpress’, cita declarações de Laura Mariano, porta-voz da TACV, que confirmou a devolução do aparelho, que foi levado para a Polónia, por uma tripulação da própria companhia. A aeronave vai passar por uma inspecção em Linetech, para depois ser entregue à ILFC. A devolução deve-se ao facto da actual Administração da empresa ter negociado com a empresa de leasing a devolução do aparelho, face á dívida acumulada, e também porque actualmente “a companhia não possuiu mercado suficiente para ocupação plena dos três aviões”. Além dos Boeing 737-800 ainda tem um Boeing 757-200, utilizados nas rotas internacionais.

A negociação com a ILFC

foi concluída satisfatoriamente sem penalização para a TACV e o resultado irá traduzir-se numa poupança de cerca de cinco milhões de dólares (3,85 milhões de euros) em 2014, adiantou a porta-voz da empresa.

A redução da frota, porém, é “temporária”, pelo que a TACV está a analisar as perspectivas que se oferecem em termos de mercado e decidirá em breve onde fará ajustes e para onde encaminhará a sua expansão. Até final do ano será anunciada uma reestruturação da empresa que poderá implicar o ‘leasing’ de novos aparelhos.

Um relatório da organização internacional ‘Economist Intelligence Unit’ (EIU), ligada à prestigiada revista ‘The Economist’, divulgado recentemente, defende a privatização da transportadora aérea de Cabo Verde, alegando, por um lado, a crise internacional e, por outro, “a fraca capacidade de gestão e a falta de reformas para aumentar os lucros”. A EIU estimou o défice dos TACV em 70 milhões de dólares norte-americanos (53,8 milhões de euros), devido aos grandes custos com ordenados e com combustível.

Os TACV operam também nas rotas inter-ilhas – nos aeroportos internacionais da Cidade da Praia, Sal, São Vicente e Boavista e nos aeródromos do Fogo, Maio e São Nicolau. As ilhas de Santo Antão e Brava não têm infra-estruturas aeroportuárias.

Na imagem da autoria de Fabrizio Gandolfo (www.planepictures.net) vê-se o B737-800 da TACV, que tinha o registo D4-CBY, no Aeroporto Internacional de Lisboa

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