TAP vai operar até final do ano com apenas 30% da sua capacidade

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A TAP Air Portugal prevê operar cerca de 30% da sua capacidade em novembro e dezembro e reforçou as rotas com maior procura no Natal e Ano Novo, mas a operação fica “muito aquém” da anterior à pandemia, refere uma nota divulgada pela companhia aos trabalhadores nesta segunda-feira, dia 23 de novembro e divulgada pela agência de notícias ‘Lusa’.

“Reforçámos as rotas com maior procura nesta época [Natal e Ano Novo], ficando a operação, ainda assim, muito aquém da que se registava antes da pandemia”, referiu o presidente executivo da companhia, Ramiro Sequeira, numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que a ‘Lusa’ teve acesso, que dá conta da divulgação da segunda factsheet operacional (documento com informação operacional), que a TAP começou a disponibilizar em outubro, com informação atualizada sobre a pandemia e projeções e estudos sobre a indústria a nível mundial, bem como o respetivo impacto na sua operação.

“É neste contexto que a TAP prevê operar, em novembro e dezembro deste ano, cerca de 30% da sua capacidade, face a igual período do ano passado”, acrescentou o responsável.

O presidente da transportadora adiantou, ainda, que a operação do período de Natal e Ano Novo “está preparada para corresponder às necessidades” dos clientes que queiram passar o seu Natal em casa, apesar das restrições impostas para conter a propagação do novo coronavírus.

De acordo com a comunicação aos trabalhadores, a TAP reduziu em 69% a sua capacidade ASK (assentos disponíveis por quilómetro voado) em outubro de 2020, face a outubro de 2019. No mesmo período, a transportadora reduziu o número de voos em 67%.

Ramiro Sequeira, atual presidente da Comissão Executiva da TAP, à esquerda na imagem, fotografado em agosto de 2019, durante o batismo de mais um avião da companhia aérea, que recebeu o nome de ‘Marquês de Pombal’. Ao seu lado vemos um descendente do estadista português, secretário de Estado do Reino no tempo de D. José I e que foi o responsável pela reconstrução de Lisboa após o terramoto de 1755, que esteve presente na cerimónia.

“A evolução da redução do número de voos ao longo deste ano, com vista a ajustar a capacidade e a operação à diminuição da procura e ao aumento das restrições de mobilidade, exprime bem o esforço da TAP para minimizar o impacto da pandemia na nossa atividade”, apontou Ramiro Sequeira.

Nos dados divulgados na factsheet, a TAP referiu que, ainda assim, a taxa de ocupação média global entre maio e agosto, quando ponderada com o volume de voos realizados em cada mês, é de 60%, isto é, vinte pontos percentuais abaixo da taxa média global de 2019, “apesar da drástica redução na capacidade realizada, nomeadamente através da gestão dinâmica e sistemática do ajuste da operação”.

Ramiro Sequeira lembrou ainda as últimas projeções da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), que apontam para uma recuperação “lenta e muito determinada pelo nível de confiança”, prevendo-se chegar ao número de passageiros transportados em 2019 entre 2023 e 2024, no cenário base, e, num cenário mais pessimista, a retoma de cerca de 78% do volume de passageiros de 2019 apenas em 2025.

“No curto prazo – a três meses, reportando a fevereiro de 2021 – a projeção da IATA, no que respeita à procura global, prevê uma recuperação de 34% do tráfego global, 58% do tráfego doméstico e 25% do tráfego internacional”, lê-se na missiva.

A TAP deu também conta de que decorreu, ente 16 e 20 de novembro, a auditoria IOSA, um sistema de certificação global reconhecido a nível mundial, destinado a avaliar a gestão operacional e os sistemas de controlo das companhias aéreas, com foco na segurança operacional.

“Estas atividades sublinham a tónica nas nossas prioridades: O bem estar físico e psicológico das nossas pessoas, sendo que devemos permanecer próximos e atentos entre nós, colegas, operar o nosso dia-a-dia com foco em safety e na eficiência operacional, retomar progressivamente a nossa atividade com segurança e sustentabilidade, elaborar o plano de restruturação e recuperação que a TAP necessita e reduzir custos não essenciais”, concluiu Ramiro Sequeira.

 

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