A Comissão de Trabalhadores (CT) da NAV Portugal congratulou-se com o anúncio governamental sobre a nomeação de Ponce de Leão para presidir à empresa gestora do tráfego aéreo nacional, mas lamentou a demora (LINK notícia relacionada).
Em nota enviada à agência Lusa, nesta quarta-feira, dia 6 de dezembro, os trabalhadores lamentaram que a indicação do nome para presidente do Conselho de Administração da NAV “só tenha acontecido dias após” a CT “se ter manifestado publicamente quanto aos impactos negativos que a (in)decisão governamental trazia aos assuntos estratégicos para a empresa e para o país”.
A CT afirmou que “aguarda com expectativa” que a entrada em funções avance o “mais rapidamente possível para, finalmente, se dar a sequência necessária às decisões já tomadas pelo executivo, em relação ao novo sistema de gestão de tráfego aéreo”.
Sobre Ponce de Leão, a comissão destacou o seu “profundo conhecimento e experiência” no setor e disse que espera que as novas funções sejam “desempenhadas com a independência necessária ao desenvolvimento da NAV e do país, tendo em consideração o importante ativo estratégico que é o espaço aéreo nacional”.
Na segunda-feira, dia 4 de dezembro, o Governo anunciou ter escolhido o ainda presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, Jorge Ponce de Leão, para a presidência do Conselho de Administração da NAV Portugal.
A NAV está sem presidente desde final de setembro, altura em que Albano Coutinho apresentou a sua demissão do cargo, pouco mais de um ano depois de o ter assumido, sem terem sido divulgadas as razões para a saída.
Jorge Ponce de Leão deixa as funções de presidente do Conselho de Administração da ANA Aeroportos SA, que exercia desde agosto de 2012, empresa na qual foi igualmente presidente executivo, cargo em que foi substituído no final de março por Carlos Lacerda.
No relatório da proposta de lei do Orçamento do Estado, o Governo Português garante que para 2018 haverá um “avanço decisivo no desenvolvimento e implementação do novo Sistema de Gestão de Tráfego Aéreo (sistema ATM), o qual se revela cada vez mais imprescindível para a NAV Portugal fazer face à pressão cada vez mais intensa do tráfego no espaço aéreo português”.
