Os tripulantes de cabina da companhia irlandesa de baixo custo Ryanair estão em greve nesta sexta-feira, dia 27 de setembro.
Segundo o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), a greve foi convocada para exigir o cumprimento da legislação laboral portuguesa. Em causa está também a “continuação do registo de coação e perseguição aos tripulantes, nomeadamente aos que aderiram ao último período de greve”, entre 21 e 25 de Agosto.
A última paralisação contou com serviços mínimos decretados pelo Governo Português, que abrangeram não só os voos para os Açores, como também para as cidades europeias de Berlim, Colónia, Londres e Paris.
Na greve do mês passado, os dirigentes do SNVPAC acusaram a companhia aérea de substituir os grevistas por trabalhadores de bases estrangeiras, tendo denunciado essas situações à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e à Direcção-Geral do Emprego e Relações do Trabalho (DGERT).
A ACT realizou ações inspetivas nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro na sequência da denúncia de alegadas irregularidades relacionadas com o direito à greve dos tripulantes da Ryanair.
Em Portugal, a Ryanair tem voos de e para Lisboa, Porto, Faro e Ponta Delgada (Açores).
Na base das greves está, segundo o SNPVAC, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabina contratados através das agências Crewlink e Workforce”.