A Comissão Europeia anunciou a disponibilização de uma uma verba de 600 milhões de euros para a aquisição de 12 novos aviões de combate a incêndios que serão repartidos em 2027 por seis Estados-membros, incluindo Portugal.
Segundo um comunicado do executivo europeu, distribuído nesta segunda-feira, dia 25 de março, em Bruxelas, as 12 aeronaves irão aumentar a capacidade de combate aéreo a incêndios do instrumento ‘rescEU’.
Os 12 novos aviões, que ficarão em seis Estados-membros da UE – Portugal, Espanha, França, Itália, Croácia e Grécia – e serão utilizados no combate a fogos na UE, particularmente durante os meses de Verão, mais propensos a fogos florestais de grande escala.
As aeronaves só serão entregues a partir de 2027, prevendo-se que a atual frota de transição do ‘rescEU’ se mantenha operacional até lá. O programa ‘rescUE’ permite que a UE reaja rapidamente perante uma emergência transnacional grave.
Em Lisboa o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, congratulou-se com o anúncio feito pelo Comissário Europeu de Gestão de Crises, Janez Lenarčič, de um reforço da frota europeia de aviões de combate a incêndios rurais no contexto do programa ‘rescEU’.
Em comunicado, divulgado pelo departamento governamental português nesta segunda-feira, o ministro José Luís Carneiro afirma que “as alterações climáticas colocam desafios que nenhum país pode vencer por si próprio”. “Verificam-se cada vez mais fenómenos climatéricos extremos e uma tendência para a existência de mais dias com temperaturas muito elevadas, o que aumenta a probabilidade de situações de risco muito elevado de incêndio”, destaca o governante.
A preparação para este quadro, refere a nota, tem de ser feita através da prevenção, de mais preparação dos recursos humanos e da partilha de conhecimento, mas também do reforço de meios de combate aos incêndios rurais.
“Nesse sentido, congratulamo-nos por este investimento muito importante realizado pela Comissão Europeia. Os novos meios aéreos estarão alocados a países do sul da Europa onde o risco de incêndios rurais é mais elevado, mas poderão ser mobilizados para qualquer um dos Estados Membros”, finaliza.
Recorde-se que Portugal defendeu em 2022, no contexto do Conselho Europeu, o reforço de meios aéreos para combate a incêndios rurais e a antecipação da disponibilização destes meios face ao calendário inicialmente previsto.