Venda do ‘Sucatão’ adiada por falta de comprador



Um antigo Boeing 707 que esteve diversos anos ao serviço da Presidência da República Federativa do Brasil, conhecido nos meios aeronáuticos do País como o ‘Sucatão’ por lhe pesaram já muitos anos de serviço, foi a leilão no passado dia 27 de agosto e não foi vendido, por não ter aparecido comprador. O preço base de licitação era de 320 mil reais (cerca de 80 mil euros).

A Força Aérea Brasileira (FAB), dona do aparelho que na versão militar tomou a designação KC-137, informou que haverá um novo leilão em data a anunciar, pois é necessário, segundo revela o jornal ‘O Globo’, a abertura de um novo processo administrativo.

O último voo do ‘Sucatão’ foi no dia 14 março de 2013. O seu uso presidencial chegou ao fim no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, após a compra de um Airbus A319. Ao longo das últimas décadas do século passado a FAB teve ao seu serviço quatro aviões Boeing 707 todos oriundos da ex-Varig, que estavam reservados para transporte de individualidades e de tropas e uma versão VIP de apenas 90 lugares que estava preparada para o transporte do Presidente da República e suas comitivas em visitas de Estado.

Todos deram problemas nos últimos anos e a Presidência da República no tempo de Lula da Silva optou por adquirir um Airbus A319, avião mais pequeno, mais moderno e com equipamentos tecnologicamente muito mais evoluídos, preparado para viagens mais longas do que as versões normais deste modelo de aparelho que integra a frota de diversas companhias comerciais mundiais.

O avião que está agora para novo leilão, esteve para ser vendido à Força Aérea Chilena, no ano passado, um negócio que não se concretizou. Círculos ligados à Aviação Brasileira defendem que este Boeing-707, um dos raros que se encontram no País praticamente completo deveria ser acolhido por uma instituição e colocado num Museu de Aviação, como o da TAM, por exemplo, se bem que esta companhia nunca tenha tido este modelo na sua frota. Contudo é a TAM que tem um núcleo museológico melhor organizado, no Estado de São Paulo. Mas, pelo preço que está em causa, uma outra entidade pública poderia fazer o negócio e preservar o modelo, consideram outras pessoas, nomeadamente aviadores, em blogues e outros espaços de opinião.

“Após servir aos presidentes em compromissos oficiais até 2005, o ‘Sucatão’ atuou em missões humanitárias, com transporte de mantimentos para o Haiti e para Timor-Leste. Em 2006, foi encarregado de retirar brasileiros do Líbano durante conflitos no país”, escreve ‘O Globo’ na informação publicada nesta sexta-feira, dia 4 de setembro.

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