Voo #AF66 – Comissão de inquérito começa a trabalhar esta semana

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Os 497 passageiros do voo AF66 da Air France que, no último sábado, dia 30 de setembro, foram obrigados a fazer uma escala em Goose Bay, na província da Terra Nova e Labrador, Canadá, já se encontram no seu destino final, na cidade de Los Angeles, na Califórnia, na costa oeste dos Estados Unidos da América (LINK notícia relacionada).

O avião A380 da Air France que fazia o voo entre Paris/Charles de Gaulle e Los Angeles sofreu um incidente grave num motor quando voava sobre o Atlântico Norte e duas horas antes de aterrar de emergência no Canadá. Depois de uma tarde e uma noite de espera os passageiros foram partiram do Canadá em dois aviões: um Boeing 737-300 da companhia canadiana Nolinor transportou um primeiro grupo, com uma escala técnica no Aeroporto de Winnipeg, no Canadá; e um Airbus A330 da Air France foi a Goose Bay, onde recolheu os restantes passageiros levando-os para o Aeroporto de Atlanta, no estado norte-americano da Georgia, base operacional da Delta Air Lines, onde esta companhia aérea, parceira do Grupo Air France-KLM, tratou do encaminhamento dos passageiros da companhia francesa para a cidade californiana.

Entretanto a Air France anunciou que o avião A380 que sofreu o incidente permanece estacionado em Goose Bay, onde será inspecionado por uma equipa de peritos: primeiro da fábrica do motor, a norte-americana Engine Alliance, e depois pelos membros da comissão de inquérito ao incidente constituída por representantes da entidade francesa de investigação de incidentes e acidentes aéreos, BEA, e por técnicos da Airbus e da Air France.

Só depois de recolhidos os elementos necessários para o inquérito oficial é que a Air France procederá à substituição do motor avariado e ao regresso da aeronave a França, o que deverá demorar alguns dias.

Um comunicado da Air France destaca o profissionalismo dos seus tripulantes, quer pilotos, quer assistentes de cabina, que tiveram “uma atuação perfeita” em todo este processo. É essa também a opinião de muitos passageiros que seguiam a bordo. Na sua intervenção, logo após ter sido sentido a bordo uma explosão e algumas vibrações anormais, o comandante explicou que tinha havido um problema com um motor que já estava fora de serviço, mas que os restantes três motores estavam a funcionar perfeitamente.

O incidente ocorrido com o A380 da Air France trouxe à lembrança um incidente semelhante verificado em novembro de 2010 com um avião do mesmo modelo ao serviço da companhia aérea australiana Qantas quando descolava de Singapura. Nessa ocasião a empresa australiana parou os seus seis aviões Airbus A380 durante três semanas.

Este é o primeiro incidente grave com um A380 ao serviço da Air France. A aeronave que aterrou de emergência no norte do Canadá tem sete anos de serviço, sempre na frota da companhia aérea francesa.

 

  • A foto de entrada desta matéria é de autoria de um passageiro que seguia no avião da Air France, que quis manter o anonimato. Foi divulgada através da rede Twitter, na conta de Jacob Soboroff/@jacobsoboroff

 

 

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