As companhias aéreas dos Estados Unidos da América que se candidataram para efetuarem voos regulares e diretos entre aeroportos norte-americanos e cubanos, ainda aguardam uma decisão da parte da Administração Federal em Washington para poderem programar as ligações que já anunciaram e que, praticamente, se encontram autorizadas pelo Instituto de Aeronáutica Civil de Cuba.
José Ramón Cabañas, embaixador de Cuba em Washington, confirmou esta situação numa entrevista à Agência Cubana de Notícias, e disse que presentemente só se realizam voos charters para transporte de viajantes em turismo e fretados por operadores turísticos.
Os EUA e Cuba assinaram no passado dia 16 de fevereiro um memorando de entendimento com vista ao restabelecimento dos voos regulares diretos entre os dois países, o que permite às companhias aéreas, em ambos os lados, negociar protocolos comerciais de cooperação, nomeadamente acordos de código compartilhado (code-share) e contratos de aluguer de aeronaves entre elas e países terceiros. Logo que o embargo industrial e comercial, no sector da aviação, seja levantado – falta aprovação formal do Congresso dos EUA –, podem ser programadas as ligações aéreas regulares entre aeroportos norte-americanos e cubanos, o que se espera venha a acontecer ainda neste ano.
Após o restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, que estiveram suspensas por mais de meio século, diversas companhias estrangeiras ocidentais reforçaram ou iniciaram voos para a ilha de Fidel Castro.