As construtoras aeronáuticas Airbus e Boeing, que fornecem a grande maioria dos aviões comerciais que estão presentemente ao serviço das companhias de aviação russas, anunciaram esta semana que deixaram de enviar peças sobressalentes para a Rússia e de apoiar as companhias aéreas russas. Uma situação que praticamente paralisará a breve prazo a aviação comercial no país.
No caso da construtora europeia, o comunicado distribuído nesta quarta-feira, dia 2 de março, refere que o seu centro de engenharia de Moscovo estava ainda a analisar se poderia continuar a oferecer serviços técnicos, de acordo com as sanções decretadas pela União Europeia.
“A Airbus suspendeu os serviços de apoio às companhias aéreas russas, bem como o fornecimento de peças sobressalentes ao país”, disse um porta-voz da fábrica europeia.
“O Centro de Engenharia Airbus na Rússia (ECAR) suspendeu todas as suas operações para a Airbus em conformidade com as sanções”, lê-se no comunicado distribuído em Toulouse (França).
A norte-americana Boeing tinha anunciado na noite desta terça-feira, dia 1 de março, a retirada do apoio a todos os aviões ao serviço de companhias aéreas e outras entidades ligadas ao regime de Putin.
A decisão inclui a venda de peças sobressalentes e apoio de manutenção para as companhias aéreas da Rússia, a maior das quais é a Aeroflot, transportadora de bandeira russa. A companhia aérea opera uma frota de 37 aviões Boeing 737 e 22 aparelhos Boeing 777.
A decisão da construtora norte-americana inclui ainda o encerramento temporário do seu escritório em Kyiv. A retirada do apoio surge à medida que as tensões e sanções aumentam no conflito em curso entre a Rússia e a Ucrânia.