O presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal disse que a concessionária dos aeroportos portugueses está a conversar com algumas companhias aéreas para serem as primeiras a começarem a operar no projetado Aeroporto Complementar do Montijo, noticia na manhã desta quarta-feira, dia 26 de setembro, o ‘Jornal de Negócios’ na sua edição online.
“Estamos a desenhar planos de incentivos para quem vá lá primeiro, essa terá vantagens ao nível de taxas”, o mesmo acontecendo “para companhias que mudem parte das suas operações do aeroporto Humberto Delgado para o Montijo, afirmou Thierry Ligonnière na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas da Assembleia da República, em Lisboa, onde foi ouvido.
Questionado sobre declarações de companhias aéreas afirmando não terem interesse em voar para o futuro aeroporto, o responsável frisou que “a opinião das companhias hoje não toma em conta incentivos potenciais”.
“Estamos convencidos que haverá companhias a operar no Montijo”, afirmou Thierry Ligonnière, salientando que “as companhias podem ver a atractividade do Montijo através da capacidade de slots”.
O responsável garantiu que o futuro aeroporto completar da região de Lisboa “não é um aeroporto low cost”, mas sim “ponto a ponto, de boa qualidade”.
Daí que aponte que “vai dar vantagem operacional imediata para companhias que operam com tipologia ponto a ponto, que tem constrangimentos de custos de produção”. “A ideia é podermos disponibilizar tempos de rotação curtos”, afirmou ainda, reforçando que “para a Ryanair, Easyjet ou Transavia o modelo está baseado na capacidade de os aviões estarem a voar mais tempo”, sendo que o Aeroporto Humberto Delgado, o principal de Lisboa, obriga o avião a estar muito tempo no chão.
Relativamente ao aeroporto de Beja, Thierry Ligonnière considerou que terá um papel importante para o aeroporto de Lisboa porque assegura estacionamento de aeronaves de longo prazo, como é o caso dos charters, o que não pode acontecer em Lisboa.
- Notícia publicada pelo ‘Jornal de Negócios’