Governo recebe em Lisboa plataforma sindical da TAP que decidiu a greve geral

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O ministro da Economia de Portugal confirmou que está agendada para esta sexta-feira, dia 12 de Dezembro, uma reunião no Ministério com os sindicatos da TAP.

Os 12 sindicatos que representam os trabalhadores da companhia aérea portuguesa, entre os quais os pilotos, decidiram na quarta-feira passada avançar com uma greve de quatro dias, entre 27 e 30 de Dezembro.

O ministro, que se encontrava ontem em Boston, adiantou que “há uma reunião marcada desses sindicatos no Ministério da Economia com o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, e onde ele próprio procurará estar para ouvir os sindicatos, perceber as motivações desta greve que foi anunciada”.

Questionado sobre se a marcação da greve é definitiva ou se poderá haver alterações, Pires de Lima disse que iria “transmitir em primeira-mão aos sindicatos aquilo” que é a sua “sensibilidade relativamente a esta matéria”.

O governante português rejeitou qualquer tipo de receio para não fazer comentários sobre a greve.

“Não é por receio ou medo” que não reajo ao tema em Boston, mas sim “por respeito aos próprios trabalhadores e instituição” que reservo o direito de reagir após ouvir os sindicatos.

Questionado sobre se vai privatizar a TAP no período que tem traçado, Pires de Lima afirmou: “Essa é uma questão que nem se põe”.

Depois da aprovação do decreto-lei da privatização da operadora aérea portuguesa, aguarda-se a promulgação do mesmo pela presidência, para depois se avançar com o caderno de encargos.

Pires de Lima garantiu que a privatização da TAP vai acontecer “durante os primeiros meses de 2015”.

 

Em comunicado conjunto divulgado na quarta-feira, a plataforma que reúne os 12 sindicatos da TAP adiantou que a greve tem como objetivo “sensibilizar o Governo para a necessidade de travar o processo de privatização”.

“As garantias invocadas pelo Governo, até este momento, não são credíveis, nem eficazes. O interesse nacional não é salvaguardado. Não há urgência em privatizar, tal como o ministro da Economia transmitiu no passado dia 5 de Dezembro, na Assembleia da República”, adianta o comunicado da Plataforma Sindical da TAP, divulgado após uma assembleia-geral do Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil realizada na quarta-feira.

Os 12 sindicatos sublinham que a privatização do grupo “não garante o crescimento da atividade, nem a manutenção da TAP de hoje, nem o nível do emprego, nem as receitas fiscais, nem os fluxos turísticos no território nacional”.

 

  • Foto: Carlos Seabra

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