O governo da República Bolivariana da Venezuela concretizou o pagamento de dívidas, correspondentes aos anos de 2012 e 2013, a seis das 26 companhias aéreas internacionais que operam no país, anunciou o ministro da Economia, Finanças e Banca Pública venezuelano, Rodolgo Marco Torres, na sua conta de ‘Twitter’.
“Foi concretizado o pagamento total de 2013 às linhas aéreas AeroMéxico, Insel Air, Tame Equador e Aruba Airlines. Também concretizámos o pagamento do ano de 2012 às linhas aéreas Avianca e Lacsa-Taca”, anunciou o governante aos seus seguidores.
O anúncio teve lugar após uma reunião com representantes daquelas linhas aéreas, na qual participou também o ministro do Transporte Marítimo e Aéreo, Hebert Garcia Plaza, desconhecendo-se qual o total do valor do pagamento efectuado.
O Governo da Venezuela deve 4 mil milhões de dólares (2,94 mil milhões de euros) às companhias aéreas internacionais por repatriamento dos capitais e lucros correspondentes às vendas de bilhetes aéreos desde 2012, mas cujo pagamento tem sido dificultado pelas leis cambiais vigentes.
As dificuldades levaram a Air Canadá e a Alitalia a suspenderem, recentemente, os voos para Caracas, enquanto a Lufthansa decidiu paralisar a venda de novos bilhetes.
NA Europa, a TAP que voa para Venezuela desde 1972, viu-se obrigada a manter no Verão o mesmo número de voos (três) que no Inverno, face às probabilidades de aumentar demasiado a dívida por receber em Venezuela. No Verão do ano passado a companhia portuguesa realizou no pico do Verão seis voos semanais.
Segundo a Associação de Companhias Aéreas da Venezuela, 11 das 26 transportadoras aéreas que voam de países estrangeiros para Caracas reduziram, desde Janeiro, a oferta de lugares e a frequência dos voos, nalguns casos até quase aos 80%, devido à impossibilidade de repatriar os capitais correspondentes às vendas.