A companhia Royal Air Maroc (RAM), de Marrocos, contratou 25 jovens de ambos os sexos da Guiné-Bissau para desempenharem funções de comissários de bordo nos seus aviões, anunciou a Secretaria de Estado dos Transportes e Comunicações (SETC).
O recrutamento dos referidos jovens foi feito ao abrigo “das boas relações existentes entre o governo da Guiné-Bissau, através daquela Secretaria de Estado e a companhia aérea marroquina”, de acordo com o comunicado do SETC, e como tinha noticiado o ‘Newsavia’ em Julho passado (LINK notícia relacionada).
O grupo deve deixar a Guiné-Bissau com destino a Casablanca (Marrocos) no início de 2016 para integrarem as escalas de serviço da companhia marroquina.
A Royal Air Maroc tem ligações diárias entre Bissau e a capital portuguesa, via Casablanca (Marrocos), excepto às terças-feiras.
Recorde-se que a linha Bissau-Lisboa é a que tem maior movimento de tráfego à partida da república africana, não só pelos laços de amizade que ligam os dois países de língua oficial portuguesa, mas também porque vive em Portugal uma destacada comunidade guineense.
A TAP deixou de voar para a Guiné-Bissau por motivos de segurança em Dezembro de 2013, e em Outubro de 2014 a companhia portuguesa EuroAtlantic Airways (EAA) negociou um acordo com o Governo da República da Guiné-Bissau pelo qual faz dois voos semanais entre Lisboa e Bissau para transporte de passageiros, carga e correio.
O governo guineense tem manifestado interesse de que esses voos possam ser o embrião de lançamento de uma companhia aérea nacional, que tem sido uma promessa constante e um objectivo perseguido pelos últimos executivos governamentais. O Governo de Bissau anunciou no início do corrente ano, que a nova empresa estava em processo de constituição. A EAA poderá ser parte neste projecto, sobre o qual não se conhece evolução, desde o lançamento dos voos entre Lisboa e Bissau no ano passado e das notícias que transmitiam as intenções governamentais.