Ryanair anuncia prejuízo, reestruturação e criação de grupo aéreo

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A Ryanair anunciou nesta segunda-feira, dia 4 de fevereiro, que as contas no terceiro trimestre do ano fiscal de 2018-2019 (outubro a dezembro) registaram um prejuízo de 20 milhões de euros, contra o lucro líquido de 106 milhões de euros conseguido no mesmo período do ano anterior.

A companhia de baixo custo europeia ressentiu-se da concorrência no segmento de curta distância na Europa, o que a levou a reduzir drasticamente os seus preços, diminuindo igualmente as margens de lucro. Este prejuízo é “dececionante”, mas “é inteiramente devido às tarifas aéreas mais baixas do que o esperado, para que os nossos clientes desfrutem de preços que nunca foram tão baixos”, disse Michael O’Leary, presidente executivo da companhia aérea, que anunciou um reorganização da empresa, agora transformada em grupo de companhias aéreas, com quatro marcas no mercado.

Assim, no prazo de 12 meses, o grupo terá quatro empresas aéreas, a trabalharem de forma independente, mas potenciadas pelas sinergias que este grupo reunirá em diferentes regiões da Europa: Ryanair DAC, na Irlanda; Ryanair UK, no Reino Unido; LaudaMotion, na Áustria; e Ryanair Sun, na Polónia.

Michael O’Leary permanece na liderança executiva do grupo Ryanair e vê o seu mandato estendido até 2024.

A Ryanair diz que quer mudar para uma estrutura semelhante à do grupo de companhias aéreas IAG, que tem várias grandes empresas como a British Airways e a Iberia.

O objetivo, segundo a empresa, é ter uma operação mais eficiente, conseguir economizar custos e poder considerar a possibilidade de pequenas aquisições, como a da LaudaMotion, da qual a companhia assumiu o controlo em 2018.

Michael O’Leary revelou nesta segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, que o grupo estará aberto a aquisições de pequenas empresas aéreas, com frotas entre os 20 e 50 aviões, que possam, de alguma coisa contribuir para o fortalecimento e expansão da Ryanair, enquanto grupo de viagens de baixo custo. Por isso, salientou, poderá haver no futuro, uma apetência particular pela compra de aviões mais pequenos do que os atuais Boeing 737, e o anúncio da criação de novas bases em cidades mais pequenas do que aquelas para onde, habitualmente, a Ryanair opera.

A propósito de frotas, O’Leary confirmou que estão definidos os tipos de equipamento com que trabalharão as companhias do grupo: Ryanair Irlanda e Ryanair UK– Boeing 737 (800 e MAX); LaudaMotion – Airbus A320; e Ryanair Sun – Boeing 737-800.

 

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