O Governo Português, através do secretário de Estado das Infraestrtuturas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro, fez hoje, dia 16 de Dezembro, uma declaração sobre a resposta recebida da Plataforma dos Sindicatos da TAP acerca de greve geral marcada para os próximos dias 27, 28, 29 e 30 deste mês (LINK para a notícia), em que pouco adiantou quanto à situação de impasse e expectativa que se vive neste momento.
Sérgio Monteiro não revelou que medidas poderão ser tomadas pelo Governo, no caso da posição dos sindicatos se mantiver irredutível. O secretário de Estado dos Transportes apelou para que a Plataforma Sindical reconsidere a sua posição. A greve “é um processo altamente lesivo e fazemos votos que os próprios sindicatos possam rever essa posição”, referiu Sérgio Monteiro numa declaração que ocorreu hoje ao meio-dia numa sala do Ministério da Economia, em Lisboa, sem direito a perguntas dos jornalistas.
Na sua declaração, o governante sublinhou que a plataforam de sindicatos “violou” o acordo assinado há 72 horas e colocou a única condição que não é negociável: o fim da privatização.
Sérgio Monteiro declarou que na passada sexta-feira, “foi acordado pelos sindicatos que compõem a plataforma que a privatização não estava em causa e o que estava em causa era a defesa de interesses específicos, legítimos que os trabalhadores queriam que fossem acomodados na negociação dos cadernos de encargos”.
Perante o documento que saiu da reunião conjunta das direcções dos 12 sindicatos que integram a Plataforma, Sérgio Monteiro diz que o Governo considera que a posição ali consubstanciada “deixa bem claro que os sindicatos não estão interessados em suspender o pré-aviso de greve que afectará muitas famílias neste período natalício”.
O secretário de Estado responsável pelos Transportes recordou que havia a ideia que seria possível “um processo de diálogo construtivo e que queríamos manter”, mas o memorando “revê o acordo que havia sido feito e coloca como condição prévia a suspensão da privatização”.
É natural que o Governo deverá esperar pouco tempo até tomar uma decisão definitiva que, admite-se, em posição extrema, irá contemplar a requisição civil dos trabalhadores indispensáveis ao bom funcionamento da companhia aérea no período de quatro dias para o qual foi marcada a greve geral. O Governo considera que “é preciso ter a TAP a voar”, sublinhou (e avisou) Sérgio Monteiro.
- Foto: Sérgio Brandão/Belém do Pará